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Qual é o papel da Petrobrás no Estado brasileiro
Data da postagem: 23/09/2022
Publicado em 22/09/2022 Lido 473 vezes Manifesto endossado pela AEPET indaga candidatos quanto aos planos para a Petrobrás. Documento será tema de live na segunda-feira (26) O Brasil está a um passo de perder a Petrobrás. Por isso, às vésperas das eleições para a Presidência da República, os brasileiros querem saber dos candidatos que papel a Petrobrás deve desempenhar no Estado brasileiro. Para tanto, nesta segunda-feira (26) às 21h, será lançado oficialmente o manifesto em defesa da Petrobrás intitulado O PETRÓLEO VOLTARÁ A SER NOSSO E O BRASIL VOLTARÁ A CRESCER. Através de live com participação do vice-presidente da AEPET, Felipe Coutinho, o evento será apresentado pelo jornalista Paulo Miranda e, além de Coutinho, terá como palestrantes o jornalista Beto Almeida; o professor de Direito Econômico da USP, Gilberto Bercovici; Ivan Proença, diretor da ABI; e o geólogo Guilherme Estrella, ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobrás. Leia a seguir a íntegra do manifesto. O PETRÓLEO VOLTARÁ A SER NOSSO E O BRASIL VOLTARÁ A CRESCER O retorno do monopólio estatal - exercido pela Petrobrás - é ponto inicial da política para promover a soberania brasileira. O Brasil está a um passo de perder a Petrobrás – dos maiores símbolos de brasilidade e dos principais instrumentos do Sistema Industrial Brasileiro na área da energia - e de garantir ao País altos níveis de bem estar social para toda população pela exploração nacional das reservas de petróleo e gás natural. Tanto a Petrobrás quanto a imensa reserva de petróleo do pré-sal e dos campos terrestres e marítimos estão sob a mira de interesses estrangeiros e dos grupos econômicos sob seu controle. Para reverter esse crime de lesa-pátria, a campanha eleitoral é momento privilegiado. Colocamos na mesa a urgência da reestatização de toda cadeia produtiva, da exploração até a produção, refino, transporte e distribuição dos derivados de petróleo. Não se trata da volta ao passado, mas da inserção do Brasil na nova geopolítica do mundo multipolar, com soberania e controle da sua riqueza natural. Resposta à fortíssima crise financeira internacional que se avizinha, com mudanças na geopolítica global que já obrigam as nações a condensarem suas cadeias produtivas nos territórios nacionais, como as reestatizações que ocorrem na Europa e na Ásia. O governo que tomar posse em 1º de janeiro de 2023 terá a oportunidade de recuperar o monopólio estatal do petróleo, exercido pela Petrobrás, e a capacidade de dirigir com autonomia o desenvolvimento social e econômico da Nação. Os signatários deste documento, preocupados em resgatar a soberania brasileira, a Petrobrás e nossas reservas de petróleo e gás natural, listam as medidas que, atendendo à Constituição Brasileira, precisam ser iniciadas no primeiro dia do novo governo. OITO PONTOS PARA O FUTURO SOBERANO DO BRASIL 1- Restauração do monopólio estatal do petróleo, exercido pela Petrobrás; 2- Reversão da privatização dos ativos da Petrobrás, destacando a BR Distribuidora, refinarias, malhas de gasodutos (NTS e TAG), distribuidoras de GLP e gás natural (Liquigás e Comgás), produção de fertilizantes nitrogenados (FAFENs), direitos de exploração e produção de petróleo e gás natural e as participações na produção de petroquímicos e biocombustíveis; 3- Reestruturação da Petrobrás como Empresa Estatal de petróleo e energia, dando conta de sua gestão, com absoluta transparência, ao controle do povo brasileiro; 4- Alteração da política de preços da Petrobrás, com o fim do Preço Paritário de Importação (PPI), que foi estabelecido em outubro de 2016, e restauração do objetivo histórico de abastecer o mercado nacional de combustíveis aos menores preços possíveis; 5- Limitação da exportação de petróleo cru, com adoção de tributos que incentivem a agregação de valor e o uso do petróleo no país; 6- Recompra das ações da Petrobrás negociadas na bolsa de Nova Iorque (ADRs); 7- Desenvolvimento da política de conteúdo nacional e de substituição de importações para o setor de petróleo, gás natural e energias potencialmente renováveis; 8- Estabelecimento de um plano nacional de pesquisa e investimentos em energias potencialmente renováveis, sob a liderança da Petrobrás. Assim como em 1953, as cartas estão na mesa. A Petrobrás, nestes 69 anos de existência, levou um País importador de todos os derivados à autossuficiência, desenvolvendo sua base econômica, energética e tecnológica. Precisamos transformar o imenso potencial brasileiro em realidade, para a qual é essencial ter o Brasil Soberano, defensor dos legítimos interesses nacionais e da promoção da dignidade dos brasileiros.
Por Aepet