Ministro diz que reestatização da Eletrobras "não está em pauta"

Data da postagem: 22/05/2023

"Não está em pauta", diz ministro sobre reestatização da Eletrobras

Publicado em 19/05/2023

Alexandre Silveira afirma que governo questiona proporcionalidade de sua participação, mas descarta reestatização

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, descartou nesta segunda-feira (15/5) a possibilidade de o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva levar adiante uma tentativa de reestatização da Eletrobras.

Ao participar de um evento promovido pela Esfera Brasil, grupo que reúne empresários de diversos setores da economia, Silveira disse que o Poder Executivo questiona na Justiça alguns dispositivos da Lei de Desestatização da Eletrobras, aprovada pelo Congresso em 2021, mas não pensa neste momento em revogar a privatização da empresa.

"Eu disse o tempo todo que o meu papel como ministro de Minas e Energia era cobrar da atual Eletrobras, no modelo que ela tem, sobre o plano de investimento e as respostas tão prementes que ela deve à nação brasileira", afirmou o ministro.

"Desde o princípio, havia um pedido dele (Lula) para que fosse estudado um processo que pudesse restabelecer até a estatização da empresa. Mas hoje esse assunto não está em pauta. Era o primeiro debate interno no governo. Eu compreendo que esse debate foi vencido quando o governo decidiu pelo segundo caminho, que era ter uma participação efetiva", explicou Silveira.

No início do mês, a Advocacia-Geral da União (AGU) ajuizou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), com pedido liminar, para que a Corte declare parcialmente inconstitucionais alguns dispositivos da lei. O ministro Nunes Marques, relator do caso, ainda não tomou uma decisão sobre o assunto.

O documento, assinado por Lula e pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, pede à Suprema Corte que mude a parte da regra que proíbe acionista ou grupo de acionistas de exercerem votos em número superior a 10% da quantidade de ações do capital votante da empresa.

"O ajuizamento de uma ação por parte do governo para questionar os direitos políticos da União ou sua participação proporcional no conselho da Eletrobras não é contraditória com a nossa posição clara e inequívoca a favor do respeito aos contratos e à segurança jurídica", afirmou Silveira. "Também é público que o presidente da República é crítico ao processo de privatização das empresas estratégicas nacionais, como a Eletrobras. Isso ele nunca escondeu de ninguém e ganhou as eleições com esse discurso."

Fonte: Metropoles


Por Aepet