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Polícia Federal identifica mandante dos assassinatos de Bruno e Dom
Data da postagem: 24/01/2023
O homem apontado como mentor intelectual do duplo homicídio é Ruben Dario da Silva Villar, chamado de Colômbia Por Murilo Pajolla | Brasil de Fato | Lábrea (AM) Publicado 24/01/2023 - 07h27 Divulgação Segundo a PF, Colômbia (foto) teria fornecido munição e custeado advogado de um dos executores do crime 0 64 Brasil de Fato – A Polícia Federal (PF) afirmou que as mortes do indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, ocorridas em junho de 2022 no Vale do Javari, foram encomendadas por um conhecido empresário da pesca ilegal na região. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (23) durante entrevista coletiva em Manaus (AM). O homem apontado como mentor intelectual do duplo homicídio é Ruben Dario da Silva Villar, chamado de Colômbia. Ele seria o líder de uma organização criminosa especializada em saquear recursos naturais da Terra Indígena Vale do Javari, além de ter envolvimento com o narcotráfico. Leia também: Bruno Pereira foi demitido da Funai em 2019 após ações contra garimpo ilegal em terras Yanomami Segundo denúncia do MPF, os executores do crime foram Amarildo Oliveira (Pelado), o irmão dele, Oseney de Oliveira (Dos Santos) e Jefferson da Silva Lima (Pelado da Dinha). Faltava, até agora, a identificação do mandante pelas investigações. O indiciamento de Colômbia, que está preso desde dezembro, será feito após a coleta de mais provas. Pelo fornecimento da arma do crime, foi indiciado um quarto suspeito, Edvaldo da Costa de Oliveira, irmão de Pelado. Segundo a PF, Colômbia forneceu munição aos executores do crime. Ele teria ainda fornecido um barco usado para pesca ilegal, custeado honorários a um advogado de Amarildo e feito contato por telefone com os suspeitos. :: Relatório sobre assassinato de Bruno e Dom aponta responsabilidade do Estado e recomenda CPI :: O procurador jurídico da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Eliésio Marubo, disse que a indicação do mandante pelas investigações “não desmantela o cenário criminoso”. Segundo ele, é preciso investigar os laços de Colômbias com as prefeituras locais. “Uma coisa é certa: se não houver uma ampla atuação na região, teremos mais mortes. Pois esses criminosos ainda estão lá”, escreveu Eliésio em mensagem a jornalistas. A participação de Colômbia é apontada pelos indígenas do Vale do Javari desde o desaparecimento de Bruno e Dom, em junho de 2022. Ao Brasil de Fato, lideranças afirmaram que o empresário tinha prejuízo com as operações de monitoramento conduzidas pelo indigenista Bruno Pereira. Em setembro do ano passado, quando Colômbia estava preso, o Brasil de Fato percorreu o rio Javari, que margeia a Terra Indígena, e flagrou com exclusividade um dos negócios de Colômbia em funcionamento. O estabelecimento, localizado em um flutuante na beira do rio, comercializava peixes pescados ilegalmente. Outro lado A defesa de Colômbia admite que o empresário tem negócios relacionados a pesca com Pelado, mas nega qualquer atividade ilegal. A reportagem não localizou a defesa dos citados pela PF. O espaço segue aberto a manifestações. Colômbia forneceu munição a autores do crime, diz PF
Mesmo preso, Colômbia manteve negócios ilegais
Em setembro, BdF flagrou negócio de Colômbia em operação no rio Javari / Murilo Pajolla
Por Rede Brasil Atual